quarta-feira, março 14, 2007

Choveu

Mudei de ares.

Sem grandes despedidas!

Até logo.


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quinta-feira, janeiro 11, 2007

Ser trapezista

"Se se quiser ganhar dinheiro tem de se escrever merdas. Ser poeta é como ser trapezista. Ninguém é trapezista para ganhar a vida; tem de haver uma pulsão"

Alberto Pimenta

sábado, janeiro 06, 2007

Ilusionista

O ilusionista vivia de aparências, efémeras miragens que dançavam em seu torno, belas e robustas, como bailarinas profissionais em corpos de vacas aladas, tudo em seu torno era ambíguo, polémico, irreverente… Iludia tudo e todos com seus golpes de magica com uma varinha tão ágil que desenhava sorrisos nos corações da plateia, que por momentos, enquanto assistia a tal bailado absurdo de sentimentos, sentia-se amada, acarinhada, protegida.

Voaram as pombas e os coelhos voltaram para a cartola, o espectáculo acabou mas a ilusão contínua, é repetida a cada despertar… já tantos são os dias de viciação que o ilusionista não sabe mais o que é real.

Prisioneiro da sua própria ilusão vive amarrado à primeira fila, assiste a tudo de frente para o palco, mas já não bate palmas, já não sorri quando vê tamanhas proezas, os lenços perderam as cores, as cartas foram rasgadas e as pombas mortas estão.

É magia dizem eles… Quando o vêm passar voando tão leve e contente, sem problemas ou outros males que só atormentam quem não ama e mente.

Não é magia. Não!

É ilusão!

sábado, novembro 25, 2006

Sem Titulo

Seria bem mais fácil se o pudesse arrancar com um punhal, uma estocada em seco, sem anestesias doendo o que deve doer. Preferia que fosse romântico, cru e esterilizado, não esta gangrena que me infecta aos poucos, que me deixa mais fraco e perdido a cada hora naufragada no teu mar de encantos e desencantos.

Já não aguento a luz, fere-me os olhos já cansados e túrgidos. Escondo-me em sítios escuros onde a única luz que entra é o reflexo de um amor por morrer nas minhas lágrimas já secas. Estou aqui fechado há tempo de mais para recusar olhar novamente, de frente para os teus luminosos olhos, mas não há tempo suficiente para me esquecer como tão belas lagoas me fizeram chorar oceanos.

Preparem o funeral para a dona de verde, pois hoje enterro todos os meus sonhos, e com eles vão as memórias dos teus beijos, do teu sorriso, da tua luz. Vomito tudo o que é teu e me deixa doente, expurgo o sentimento e a bonita historia de amor por mim cantada.

Resta-me algo que me intriga e confunde. Será a minha identidade? Ou apenas linhas decalcadas em folhas brancas, traços que outrora foram a minha personalidade, e agora são tatuagens para me recordarem que:

“O amor é uma doença, quando nele julgo ver a minha cura”

quarta-feira, novembro 08, 2006

if you...

If you're frightened of dyin' and you're holding on...
You'll see devils tearing your life away.

But...if you've made your peace,
Then the devils are really angels
Freeing you from the earth.....

from the earth....

from the earth

do filme Jacob's Ladder (1990)

quinta-feira, outubro 19, 2006

Postcards at Night

sábado, outubro 14, 2006

Vacinas

Sou um doente terminal, um romântico crónico e patológico... Com o garrote apertado, recebendo vacina da realidade, tão infectada como as mentes daqueles que se julgam vivos.

Já sinto a realidade a circular-me nas veias, espessa e fria, destrói-me aos poucos, consome lentamente os meus sonhos de criança, mata o monstro do coração e dissolve-me a esperança. É hora de ir deitar, oco e inerte, apenas o cerrar dos olhos e o apagar do cérebro.

Não sei quando chegará o meu dia, mas espero que seja em grande. Voem pombas brancas e ratazanas aladas, chorem as carpideiras e conspirem as costureiras... Que soltem os cães danados para me comerem as entranhas, porque quero ir limpo para o céu, encontrar-me com quem amei, e nunca toquei.